Por Dr. Eliel Constantino, Coordenador de Projetos na Foreducation EdTech
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Não é de hoje que o termo “Pensamento Computacional” apareceu no cenário educacional, desafiando professores e gestores com a questão: como promover o desenvolvimento dessa forma de pensar nos estudantes?
De 2013 a 2015, estive em Portugal, Inglaterra e outros países, onde pude vivenciar realidades escolares que estavam sendo impactadas positivamente por esse modo de organizar o pensamento na resolução de problemas complexos. Tal abordagem permitia aos estudantes incorporarem, no seu dia a dia, os pilares desse desenvolvimento cognitivo: decomposição, reconhecimento de padrões, algoritmo e abstração.
Uma década depois, estamos começando a viver essa realidade na educação brasileira, por meio de ações pedagógicas que propiciam ao estudante apropriar-se da cultura e dos fundamentos da Ciência da Computação, incorporando-os às suas relações sociais.
Após quatro anos estudando o tema, e acompanhando o desenvolvimento do nosso programa de Pensamento Computacional em escolas parceiras, chego à conclusão de que é imprescindível que as instituições de ensino passem a promover um ambiente que favoreça o contato dos estudantes com essa cultura, ou seja, que dialogue com o futuro.
A sociedade está, cada vez mais, exigindo pessoas atuantes com habilidades de organização e tratamento de dados de forma lógica e estruturada, de otimização de processos, de proatividade ao propor caminhos para solucionar problemas, entre tantas outras que são fortementes fomentadas com o desenvolvimento do Pensamento Computacional.
Temos apoiado escolas rumo à decodificação desse caminho para o futuro – com projetos como o Hackathon – e visto que, além da fluência digital, os alunos desenvolvem habilidades associadas a contextos reais, que estimulam a atribuição de sentido e significado pelo próprio estudante.
Assim, compreender e aceitar que o Pensamento Computacional é um processo a ser desenvolvido hoje é decodificar o caminho para o futuro. É abrir possibilidades! É permitir que crianças, adolescentes e jovens sejam preparados para esse futuro (que já é hoje!).
